sábado, 8 de dezembro de 2007

Artigo

A formação de professores para o ensino através da televisão.


Jessica Santana,
Graduanda em Pedagogia FACED-UFBA.


Resumo:
Este artigo se propõe a apresentar a polêmica da formação do profissional de educação quanto ao uso das inovações tecnológicas,como a televisão, para a sua ação docente.

Palavras-chave :formação,professor,ensino televisivo,inovação tecnológica.

Introdução:

As inovações tecnológicas, as demandas sociais e a exigência de um educando autônomo trazem a polêmica do papel do educador para o ensino através das tecnologias atuais, onde o mesmo é convidado a desempenhar múltiplas funções.
As diretrizes filosóficas usadas na elaboração da proposta pedagógica para o ensino televisivo cearense, por exemplo, teve seu início com a TVE (televisão educadora), em consonância com a Lei 5692/71, que obrigava as escolas a expandir o ensino de 1° grau até a 8ª série. Estas diretrizes propunham que a TV não fosse somente um veículo de cultura e instrução, mas, num contexto abrangente, da educação como formadora do pensamento crítico, reflexivo, não sendo auto-suficiente. A proposta pedagógica deveria favorecer a participação efetiva do aluno no processo ensino-aprendizagem e a redefinição do papel do educador no processo educacional.
Na busca desta formação de pensamento, criou-se no Ceará, na década de 70 com a TVE, pela Secretaria de Educação, um programa de ensino televisivo regular em conjunto com a ação docente. Isto resultou numa estruturação metodológica englobando organização curricular e atividade ensino-aprendizagem, uma atividade docente em que a educação é resultado da reflexão do educando auxiliado e orientado pelo educador que facilitará esta reflexão; o ensino televisivo deveria basear-se nos hábitos, carências e interesses da população e os conteúdos programáticos deveriam incitar o pensamento crítico de sua realidade.(FARIAS, 2000, p 52.)
Após a exposição das aulas pela televisão, no Ceará, o orientador deveria desenvolver a capacidade de percepção dos alunos, a capacidade de ver o implícito, de interpretar o subjetivo visto em cada imagem, de obter dados a partir de impressões e sentimentos. Seu objetivo era criar a reflexão individual em grupo, provocar o debate em torno de valores, problemas e questões que o tema instigasse, para desenvolver a consciência crítica do aluno e estabelecer relação entre os conteúdos abordados e sua realidade e experiências.(FARIAS, 2000,p 52,53).
Para o orientador, no ensino televisivo, é dispensado o domínio de conteúdos específicos na concretização de sua ação educativo-pedagógica, Este papel ficaria reservado para os produtores da mensagem didática. Esta desarticulação entre o trabalho do orientador e do produtor pode acarretar prejuízos para a aprendizagem do educando.
No contexto atual, que exige um profissional bem qualificado, que saiba exercer múltiplas funções, o ensino concebe heterogeneidade de saberes e ainda saberes específicos. Então, o orientador ou tutor deve articular as demandas atuais da sociedade com sua prática docente, e esta não pode ser desarticulada do domínio de conteúdos, o que é essencial para fundamentar teoricamente suas teleaulas, principalmente na provocação das discussões dos alunos.
Isto é possível com uma formação inicial baseada na busca de atualização e complementação, que prepare os professores para as inovações tecnológicas, suas conseqüências pedagógicas, e para a formação continuada, rejeitando o modelo convencional pela contradição deste modelo de formação com a as experiências vividas e as demandas geradas pelo contexto atual em que trabalham ou se preparam para trabalhar. A formação de formadores é o maior desafio dos sistemas educacionais, sendo necessária à transformação de toda a educação. Contudo, estas mudanças são respondidas pelos docentes com dificuldade no tocante às responsabilidades, partilha de saberes com profissionais de outras áreas, o envolvimento em equipes de projetos, ressaltando que isto tudo contribui muito para mudanças no papel e mentalidade dos docentes.
Outra mudança escolar necessária é a impossibilidade financeira da escola renovar, a cada ano, a produção das teleaulas para acompanhar o avanço tecnológico e a inovação dinâmica do mundo atual.

Considerações finais:
A função do ensino televisivo é orientada e mediada, tornando difícil a identificação do professor que assume uma figura multifacetada em que todos reivindicam sua contribuição no ensino (BELLONI,2001, p 80) . Este passa de uma entidade individual para uma entidade coletiva, torna-se parceiro do estudante no processo de construção do conhecimento, o enfoque muda do ensino para a aprendizagem. Ele tem uma constante necessidade de atualização, tanto em sua disciplina quanto em relação às novas tecnologias e metodologias, sua ação passa da autoridade à parceria. A figura do professor embora multifacetada pelas novas demandas e exigências sociais, continua sendo um profissional imprescindível para o processo educativo e melhoria educacional.


Referências bibliográficas:
FARIAS, Maria Isabel,Docência no telensino:saberes e práticas,Editora:Anna Blume,1ª edição:2000,SP.

BELLONI, Maria Luíza,Educação à distância,Editora:Autores Associados,2ª edição,2001,SP.
BRASIL. Lei nº 5692 de 11 de agosto de 1971: Lei 5692/71.

sábado, 1 de dezembro de 2007

6º Seminário Nacional de Inclusão Digital

Na terça-feira da Semana Nacional de Inclusão Digital , assiti a oficina de elaboração de projetos e a oficina e ambientes virtuais,que foi a oficina que mais me identifiquei e einclusive foi recomenda,o que assiste nesta palestra foi como os ambientes virtuais são reais efacilitam a comunicação e troca de aprendizados e expariências.